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Igreja Católica, a maior
instituição de caridade do mundo
A
Igreja Católica é a mais antiga instituição da humanidade. Com 1,2
bilhão de fieis, é a maior família religiosa e a maior instituição de
caridade do planeta. Segundo revelam os dados do último “Anuário
Estatístico da Igreja”, publicado pela Agência Fides por ocasião da
Jornada Missionária, a Igreja administra 115.352 Institutos sanitários,
de assistência e beneficência em todo o mundo.
Deste número, 5.167 hospitais (a maior parte na América, 1.493 e 1.298 na
África); 17.322 dispensários, a maioria na África, 5.256, América 5.137 e Ásia
3.760; 648 leprosários distribuídos principalmente na Ásia (322) e África (229);
15.699 casas para idosos, doentes crônicos e deficientes – Europa (8.200) e
América (3.815); 10.124 orfanatrófios, principalmente na Ásia (3.980) e América
(2.418); 11.596 jardins da infância, a maior parte na América (3.661) e Ásia
(3.441); 14.744 consultores matrimoniais, distribuídos no continente americano
(5.636) e Europa (6.173); 3.663 centros de educação e reeducação social, além de
36.386 instituições de outros tipos.
No
campo da instrução e da educação, a Igreja administra no mundo 68.119 escolas
maternais, frequentadas por 6.522.320 alunos; 92.971 escolas primárias onde
estudam 30.973.114 alunos; 42.495 escolas superiores médias com 17.114.737
alunos. Além disso, acompanha 2.288.258 jovens de escolas superiores e 3.275.440
estudantes universitários.
[www.arcanjomiguel.net]
Com
todas essas instituições, a
Igreja Católica
é um parceiro fantástico na
prestação de serviços de saúde das nações pobres. Ela atua em áreas remotas e em
favor das camadas mais pobres da população, permitindo- lhes, assim, aceder a
esses serviços que de outro modo estariam além do seu alcance. E esse grande
trabalho merece reconhecimento e apoio não só dos governos, mas de todo cidadão.
Como a caridade Católica
mudou o mundo
No
início do século IV, a fome e a doença assolavam exército do imperador
Constantino. Pacômio, um soldado pagão, observava com assombro como muitos dos
seus companheiros romanos ofereciam comida e assistência aos que precisavam de
ajuda, socorrendo-os sem qualquer discriminação. Cheio de curiosidade, quis
saber quem eram essas pessoas e descobriu que eram cristãos. Que tipo de
religião era aquela, admirou-se, que podia inspirar tais atos de generosidade e
humanidade? Começou a instruir-se na fé e, antes de o perceber, já estava no
caminho da conversão.(1)
Esse mesmo sentimento de assombro, continuaram a suscitá-lo as obras de caridade
catóicas através dos tempos. O próprio Voltaire, talvez o mais prolífico
propagandista anti-católico do século XVIII, se mostrou respeitosamente admirado
com o heróico espírito de sacrifício que animou tantos dos filhos e filhas da
Igreja. “Talvez não haja nada maior na terra – disse ele – que o sacrifício da
juventude e da beleza com que belas jovens, muitas vezes nascidas em berço de
ouro, se dedicam a trabalhar em hospitais pelo alívio da miséria humana, cuja
vista causa tanta aversão a nossa sensibilidade. Tão generosa caridade tem sido
imitada, mas de modo imperfeito, por gente afastada da religião de Roma”(2).
Exigiria volumes sem conta elaborar uma lista completa das obras de caridade
católicas promovidas ao longo da história por pessoas, paróquias, dioceses,
mosteiros, missionários, frades, freiras e organizações leigas. Basta dizer que
a caridade católica não tem paralelo com nenhuma outra, em quantidade e
variedade de boas obras, nem no alivio prestado ao sofrimento e miséria humanos.
Podemos ir mais longe e dizer que foi a Igreja Católica que inventou a caridade
tal como a conhecemos no Ocidente.
Tão
importante como o puro volume das obras de benemerência é a diferença
qualitativa que distinguiu a caridade da
Igreja
daquela que a havia precedido.
Seria tolice negar que os grandes filósofos antigos proclamaram nobres
sentimento traduzidos em filantropia; ou que homens de valor fizeram importantes
e substanciais contribuições em prol das suas comunidades.[www.arcanjomiguel.net]
Não
obstante, o espírito de caridade no mundo antigo era em certo sentido,
deficiente, se compararmos com aquele que foi praticado pela Igreja. A maior
parte dos gestos de generosidade nos tempos antigos envolvia um interesse
próprio, não eram puramente gratuitos. Os edifícios financiados pelos ricos
exibiam ostensivamente os seus nomes. As doações eram feitas de modo a deixar os
beneficiários em dívida para com os doadores, ou então atraíam as atenções para
as suas pessoas e a sua grande liberalidade. Servir de coração alegre os
necessitados e ampara-los sem nenhuma expectativa de recompensa ou
reciprocidade, não era certamente o princípio que prevalecia.[www.arcanjomiguel.net]
Cita-se por vezes o estoicismo – uma antiga escola de pensamento que remonta
mais ou menos ao ano 300 a .C. e que permanecia viva nos primeiros séculos da
era cristã. Os estóicos ensinavam que homem bom era aquele que, como cidadão do
mundo, cultivava o espírito de fraternidade para com seus semelhantes e, por
essa razão, parecia ser mensageiro da caridade. Mas também ensinavam que era
preciso suprimir os sentimentos e emoções como coisas impróprias de um homem.
Rodney Stack diz que a filosofia clássica “considerava a piedade e a compaixão
como emoções patológicas, defeitos de caráter que os homens racionais deviam
evitar”(3) Assim o filósofo romano Sêneca escreveu:
“O
sábio poderá consolar aqueles que choram, mas sem chorar com eles; Não sentirá
compaixão. Socorrerá e fará o bem porque nasceu para assistir os seus
semelhantes. O seu rosto e sua alma não denunciarão nenhuma emoção quando olhar
para o aleijado, o esfarrapado, o encurvado. Só os olhos doentes se umedecem ao
verem lagrimas em outros olhos.”(4)
Entre muitos exemplos de estoicismo, ressalta o de Anaxágoras, um homem que, ao
ser informado da morte de seu filho, se limitou a observar: “Eu nunca pensei que
tivesse gerado um imortal”. Era simplesmente lógico que aqueles homens, tão
impermeáveis à realidade do mal, fossem indolentes na hora de aliviar os seus
efeitos sobre seus semelhantes: “Homens que se recusam a reconhecer a dor e
doença como males – anota um observador – também estavam pouco propensos a
aliviá-las aos outros”.(5)
O
espírito de caridade na Igreja nasceu da inspiração do próprio ensinamento de
Cristo: (Jo 13,34-35; cfr. Ti 4,11). São Paulo afirmou que os cuidados e
caridade dos cristãos deviam ser oferecidos mesmo aos que não pertencessem a
comunidade dos fiéis, ainda que inimigos da fé: (cfr. Rom 12,14-20; Gal 6,10).
De
acordo com William Lecky, critico severo da Igreja, “não se pode sustentar nem
na pratica nem na teoria, nem nas instituições fundadas, nem no lugar que a ela
foi atribuído na escala dos deveres, que a caridade ocupasse na Antiguidade um
lugar comparável aquele que atingiu no cristianismo.”
Os pobres e doentes
A
prática de oferecer dádivas destinadas aos pobres desenvolveu-se cedo na
história da
Igreja. Os primeiros cristãos que jejuavam com freqüência, doavam
aos pobres o dinheiro que teriam gasto com a comida. São Justino Mártir relata
que muitas pessoas que tinham amado as riquezas e as coisas materiais antes de
se converterem, agora se sacrificavam de ânimo alegre pelos pobres. Os próprios
Padres da
Igreja
, que legaram um enorme corpo literário e erudito a civilização
ocidental, encontraram tempo para se dedicarem pessoalmente ao serviço dos seus
semelhantes. São João Crisóstomo fundou uma série de hospitais em
Constantinopla. São Cipriano e Santo Efrém empenharam-se em promover obras de
assistência em tempos de fome e de epidemias.[www.arcanjomiguel.net]
A
Igreja primitiva institucionalizou a atenção às viúvas e aos órfãos, bem como
aos enfermos, especialmente durante as epidemias. No século III, São Cipriano,
bispo de Cartago, repreendeu a população pagã porque, em vez de ajudar as
vítimas da praga, as saqueava. Esse Padre da Igreja conclamou os cristãos a
mobilizar-se para assistir os doentes e enterrar os mortos. No caso de
Alexandria, o bispo Dionísio relatou que os pagãos “repeliam os que começassem a
ficar doentes, afastavam-se deles, mesmo que se tratasse dos amigos mais
queridos”. Em contraste, relatou que muitos cristãos “não fugiam de amparar-se
uns aos outros visitavam os doentes sem pensar no perigo que corriam e
serviam-nos assiduamente”.
[www.arcanjomiguel.net]
Santo Efrém é lembrado pelo seu heroísmo quando a fome e a peste se abateram
sobre Edessa, a cidade em cujos arredores vivia como eremita. Não apenas
coordenou a coleta e distribuição de esmolas, mas também fundou hospitais,
cuidou dos doentes e dos mortos. Eusébio, o historiador da Igreja do século IV,
conta-nos que, como resultado do bom exemplo dos cristãos, muitos pagãos “se
interessaram por uma religião cujos discípulos eram capazes de uma dedicação tão
desinteressada”. Juliano, o Apóstata, que odiava o cristianismo, lamentou a
bondade dos cristãos para com os pagãos: “Esses ímpios galileus não alimentam
apenas os seus próprios pobres, mas também os nossos.”
Os primeiros hospitais e
os cavaleiros de São João
Discute-se se existiram na Grécia e em Roma instituições semelhantes aos nossos
hospitais. Muitos historiadores põem-no em dúvida, enquanto outros apontam
alguma rara exceção aqui e acolá, mas mais para cuidar dos soldados doentes ou
feridos do que da população em geral. Parece dever-se a Igreja a fundação das
primeiras instituições atendidas por médicos, onde se faziam diagnósticos, se
prescreviam remédios e se contava com um corpo de enfermagem (6).
No
século IV, a
Igreja começou a patrocinar a fundação de hospitais em larga
escala, de tal modo que quase todas as principais cidades acabaram por ter o
seu. Na sua origem, esses hospitais tinham por fim hospedar estrangeiros, mas
depois passaram a cuidar dos doentes, viúvas, órfãos e pobres em geral (7).
Como explica Guenter Risse, os cristãos ultrapassaram “a recíproca hospitalidade
que prevalecia na antiga Grécia e as obrigações familiares dos romanos” para
cuidarem de atender “grupos sociais marginalizados pela pobreza, doença e idade”
(8). No mesmo sentido, o historiador da medicina Fielding Garrison observa que,
antes do nascimento de Cristo, “O espírito com que se tratava a doença e o
infortúnio não era o de compaixão, e cabe ao cristianismo o crédito pela
solicitude em atender o sofrimento humano em larga escala” (9).
Em
um ato de penitência cristã, uma mulher chamada Fabíola fundou o primeiro grande
hospital público em Roma; percorria as ruas em busca de homens e mulheres pobres
e enfermos necessitados de cuidados (2110).
São
Basílio Magno, conhecido pelos seus contemporâneos como o Apóstolo das Esmolas,
fundou um hospital em Cesárea, no século IV. Era conhecido por abraçar os
leprosos miseráveis que ali buscavam alívio. Não é de surpreender que os
mosteiros também desempenhassem um papel importante no cuidado dos doentes (11).
De acordo com o mais completo estudo da história dos hospitais:
“Após a queda do
Império Romano
, os mosteiros tornaram-se gradualmente
provedores de serviços médicos organizados, dos quais não se dispôs por vários
séculos em nenhum lugar da Europa. Para prestar esses cuidados práticos, os
mosteiros tornaram-se também lugares de ensino medico entre os séculos V e X”
(12).
As
ordens militares, fundadas durante as Cruzadas, administravam hospitais por toda
a Europa. Uma dessas ordens, a dos Cavaleiros de São João (também conhecidos
como hospitalários). Fundou um hospital em Jerusalém no qual atendia pobres e
peregrinos. Segundo um sacerdote alemão “A casa alimentava tantas pessoas, de
fora e de dentro, e dava tão grande quantidade de esmola aos pobres.” Teodorico
de Wurzburg, maravilhou-se de que “andando pelas dependências do hospital, não
conseguíamos de modo algum avaliar o número de pessoas que lá jaziam, pois eram
milhares as camas que víamos. Nenhum rei ou tirano teria poder suficiente para
manter o grande número de pessoas alimentadas diariamente naquela casa”(13).
Diz
Gunter Risse: “A existência de uma ordem religiosa que manifestava com tanto
ardor a sua lealdade aos doentes inspirou a criação de uma rede de instituições
similares, especialmente nos portos da Itália e do sul da França…”
As
obras de caridade cató1icas foram tão impressionantes que ate os próprios
inimigos da Igreja, muito a contragosto, tiveram de reconhecê-lo. O escritor
pagão Luciano (130-200) observou com espanto: “E inacreditável a determinação
com que as pessoas dessa religião se ajudam umas as outras nas suas
necessidades. Não se poupam em nada, o seu primeiro legislador meteu-lhes na
cabeça que eles eram todos irmãos!”[14]
[www.arcanjomiguel.net]
Juliano, o Apóstata, o imperador romano que, nos anos 360, fez a violenta, mas
frustrada, tentativa de fazer o Império retornar ao seu primitivo paganismo,
admitiu que os cristãos se avantajavam aos pagãos no seu devotamento às obras de
caridade. “Enquanto os sacerdotes pagãos negligenciam os pobres – escreveu -, os
odiados galileus [isto é, os cristãos] devotam-se às obras de caridade e, em um
alarde de falsa compaixão, introduzem com eficácia os seus perniciosos erros.
Vede os seus banquetes de amor e as suas mesas preparadas para os indigentes.
Tal prática é habitual entre eles e provoca desprezo pelos nossos deuses”[15].
Martinho Lutero, o mais inveterado inimigo da Igreja Católica até o fim da vida,
viu-se obrigado admitir: “Sob o Papado, o povo era ao menos caridoso e não havia
necessidade de recorrer à força para obter esmolas. Hoje sob o reinado do
Evangelho (com isso, referia-se ao protestantismo), em vez de dar, as pessoas
roubam-se umas as outras, parece que ninguém julga possuir alguma coisa enquanto
não se apropria dos bens do vizinho”[16].
O
economista do século XX Simon Patten observou a propósito da ação da Igreja: “Na
Idade Media, era muito comum dar comida e abrigo aos trabalhadores, tratar com
caridade os desafortunados e aliviá-los das doenças, das pragas e da fome.
Quando vemos o número de hospitais e enfermarias, a magnanimidade dos monges e
o sacrifício pessoal das freiras, não podemos duvidar de que os marginalizados
daqueles tempos eram pelo menos tão bem assistidos como os de agora”[17].
Frederick Hurter, um biógrafo do papa Inocêncio III no século XIX, chegou a
declarar: “Todas as instituições de beneficência que a raça humana possui hoje
em dia para minorar a sorte dos desafortunados, tudo o que tem sido feito para
socorrer os indigentes e os aflitos nas vicissitudes das suas vidas e em
qualquer tipo de sofrimento, procede direta ou indiretamente da Igreja de Roma.
Ela deu o exemplo, perseverou na sua tarefa e, com freqüência, proporcionou os
meios necessários para leva-la a cabo”[18].
A
extensão das atividades caritativas da Igreja aprecia-se às vezes com mais
clareza quando deixam de existir. Na Inglaterra do século XVI, por exemplo, o
rei Henrique VIII (separou da Igreja Católica) suprimiu os mosteiros e
confiscou-lhes as propriedades, distribuindo-as a preço de banana entre os
homens influentes do seu reino. O pretexto para essa medida foi que os mosteiros
se haviam tornado fonte de escândalo e imoralidade, embora restem poucas
dívidas de que tais acusações fantasiosas não faziam mais do que dissimular a
cobiça real. As consequências sociais da dissolução dos mosteiros devem ter
sido muito significativas. Os Levantes do Norte de 1536, uma rebelião popular
também conhecida como a Peregrinação da Graça, tiveram muito a ver com a ira
popular causada pelo desaparecimento da caridade monástica. Em uma petição
dirigida ao rei dois anos mais tarde, observava-se:
“A
experiência que tivemos com a supressão dessas casas mostra-nos claramente que
se provocou e continuará a provocar-se neste reino de Vossa Majestade um grande
mal e uma grande deterioração, assim como um grande empobrecimento de muitos dos
vossos humildes súditos.”
Referências
(1) Alvin J. Schmiclt, Under the
Influence: How Christianitv Transformed Civilization, Zonclcrvan, Grancl Rapids,
Michigan, 200 I, pag .. J 30.
(2) Michael Davies, For Altar and Throne: The Rising in the Vendee, Rill nant
Press, St. Paul, Minnesota, 1997, pag. 13.
(3) Vicent Carroll e David Shiflett, Christianity on Trial, Encounter Books, San
Francisco, 2001, pág. 142.
(4) William Edward Hartpole Lecky, History of European Morals from Augustus to
Charlemagne, vol. 1, D. Appleton and Co., New York, 1870, págs. 199-200.
(5) Ibid., pág. 202.
(6) Alvin J. Schmidt, Under the Influence, págs. 153-5.
(7) John A. Ryan, “Charity and Charities”, em Catholic Enciclopedia; Guenter B.
Risse, Mending Bodies, Saving Souls: A History of Hospitals, Oxford University
Press, New York, 1999, págs. 79 e segs.
(8) Guenter B. Risse, Mending Bodies, Saving Souls, pág. 73.
(9) Fielding H. Garrison, An Introduction of the History of Medicine, W.B.
Saunders, Philadelphia, 1914, pág. 118; citado em Alvin J. Schmidt, Under the
Influence, pág. 131.
(10) William E.H. Lecky, History of European Morals from Augustus to Charlemagne,
vol. I, pág. 85.
(11) Roberto Margotta, The History of Medicine, Paul Lewis, cd., Smithmark, New
York, 1996, pág. 52.
(12) Guenter B. Risse, Mending Bodies, Saving Souls, pág. 95.
(13) Ibid., pág. 138.
[14] Vincent Carroll e David ShiOett, Christianity on Trial, pag. 143.
[15] Cajctan BaluFri, The Charity or the Church, pag. 16.
[16] Ibid., rag. 185.
[17] Citado em John A. Ryan, “Chal’ity and Charities”, em Catholic Encyclopedia.
[18] Cajetan Baluffi, The Charity or the Church, pag. 257.
divulgação:http://www.arcanjomiguel.net
Clevinho Maia
(Combatentes de São Miguel Arcanjo)
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